REFORMA DO ESTADO E EDUCAÇÃO[1]
Série de amplas reformas institucionais iniciadas ao final dos anos
1980, no Brasil, com o intuito de adequar o Estado brasileiro aos ditames do
novo padrão da acumulação capitalista. Nos anos 1990, após as eleições
presidenciais de 1994, ganha maior corpo e torna-se uma prioridade do governo
federal brasileiro. Em 1995, é criado o Ministério da Administração Federal e
da Reforma do Estado (MARE), com o intuito de formular um plano integrado para
as reformas. As diretrizes fundamentais da reforma advém da doutrina neoliberal
e expressam-se na necessidade de reestruturar todas as grandes áreas de atuação
do Estado, com especial destaque para as sociais: educação, saúde, previdência
social e legislação trabalhista. De um modo geral, preconiza-se a redução dos
gastos estatais, tidos como ineficientes e ineficazes, e a transferência de
tais “serviços” para o setor privado, supostamente mais eficiente, flexível e
menos burocrático. Da mesma forma, a reforma do estado pressupõe a criação de
condições favoráveis à atuação do setor privado – aquele que declara visar
lucros, ou não – tais como a oferta de incentivos fiscais, a garantia de
mercados cativos e programas governamentais que possibilitem o acesso das
camadas mais pobres da população brasileira ao ensino pago, sobretudo no nível
superior.
Para o estudo da Reforma do Estado e educação, é fundamental consultar
o Plano Diretor da Reforma do Aparelho
de Estado (1995), documento do Ministério da Administração Federal e da
Reforma do Estado.
Sobre os impactos da reforma do Estado na educação brasileira, é
fundamental consultar as obras de João dos Reis Silva Jr. e Valdemar
Sguissardi, Novas faces da educação
superior no Brasil: reforma do Estado e mudança na produção (1999); João
dos Reis Silva Jr., Reforma do Estado e
da educação no Brasil de FHC (2002).